Giro d'Italia - Guia 1 - Análise dos Sprinters e Etapas Planas.

Olá amantes do ciclismo, boa tarde!

Mapa do Giro.

Estamos há dois dias do início do Giro d’Italia, primeira das 3 Grandes Voltas da temporada. Nos últimos anos, lesões, um aumento significativo de corridas por todo globo e outros fatores limitam os embates entre os sprinters nas grandes voltas. Este ano, teremos ausência de 4 sprinters de ponta. Fernando Gavira,a revelação da Etixx, Mark Cavendish, o maior vencedor de etapas do Tour de France da nova Dimension data, Alexander Kristoff, o noriegues voador da KAtusha e do campeão mundial Peter Sagan, da Tinkoff. Lembrando que este último não é um sprinter nato como os outros 3 citados.

Estarão presente no Giro deste ano Arnaud Demare, vencedor da Milano Sanremo deste da FDJ, Elia Viviani da Sky, André Greipel da Lotto Soudal, Marcel Kitel da Etixx e Caleb Ewan da Orica GrenEdge. Ainda sim temos mais nomes como possíveis candidatos a sprinter e camisa vermelha de pontos como Giacomo Nizzolo da Trek que recentemente bateu de frente com Cavendish no Tour da Croácia, Sacha Modolo da Lampre que venceu recentemente duas etapas do Tour da Turquia, Leigh Hoaward, esperança da IAM Cycling, Kristian Sbaragli da Dimension Data e o rápido italiano da Southeast Jakub Mareczko vencedor de duas etapas no recém acabado Tour da Turquia.

O amigo está perguntando, mas porque tantos sprintistas no pelotão? Simples, o Giro deste ano tem nada mais nada menos que 7 etapas que provavelmente serão disputadas no Sprint. Claro que as equipes terão que trabalhar para isso, buscar as fugas matinais e trazer os seus líderes para disputar a vitória. Além destas 7 etapas mais duas etapas (17 e a 18) poderão ser decididas no Sprint, mas para que isso ocorra é preciso que os sprinters sobrevivam a etapa. Haverás montanhas nelas, mas haverá tempo para as equipes trabalharem e buscarem os escapados.

Abaixo vamos traçar um breve perfil de cada atleta (sprinter) listados acima:

Marcel Kittel - Etixx.

Marcel Kittel (Etixx-QuickStep): Com oito vitórias em 2016, o poderoso alemão é até agora o velocista de maior sucesso da temporada. É uma notável reviravolta após seus problemas muito divulgados de 2015 e confirma mentalidade vencedora do Etixx-QuickStep. Kittel venceu a corrida Scheldeprijs, e mais recentemente um estágio no Tour de Romandie. Com a equipe Etixx-QuickStep construíd em torno de Kittel, e tendo Fabio Sabatini e Matteo Trentin como homens-chave para escolta-lo, Kittel poderia facilmente repetir as duas vitórias em etapas que ele ganhou em 2014, talvez mesmo nas fases de abertura, na Holanda. 

Arnaud Demare - FDJ.

Arnaud Demare (FDJ): O francês participou pela primeira vez o Giro d'Italia em 2012, mas muitas vezes se esforçou para ser competitivo em estradas italianas. Tudo isso mudou em março, quando ele ganhou Milan-San Remo com um sprint perfeitamente executado na Via Roma. Várias etapas no Giro incluem escaladas em atraso e assim por habilidades e escalada capacidade das Clássicas de Demare poderiam ajudá-lo na primeira semana. 

Adré Greipel - Lotto Soudal.

Andre Greipel (Lotto Soudal): O gorila tem tido muito mais sucesso no Tour de France do que o Giro d'Italia, mas ele tem três etapas do Giro em seu currículo e a partir de 2008, 2010 e 2015. Uma costela fraturada na Volta a Algarve tem judiado bastante Greipel nesta primavera, mas ele mostrou que está no caminho de volta com vários sprints finamente executadas no tour da Turquia, ganhando uma etaa e finalizando em segundo na outra.

Giacomo Nizzolo - Trek.

Giacomo Nizzolo (Trek-Segafredo): O italiano já acumulou uma longa série de colocações no Giro d'Italia e ganhou a pontos camisa vermelha em 2015, mas surpreendentemente ele ainda tem que vencer uma etapa. Nizzolo é rápido, mas muitas vezes esbarra velocistas que são apenas um pouco mais rápido. No entanto, Trek-Segafredo tem confiança em sua liderança este ano, e as duas vitórias, enquanto correndo contra Cavendish no Tour da Croácia aumentaram sua confiança e sua velocidade de acabamento.

Caleb Ewan - Orica.

Caleb Ewan (Orica-GreenEdge): O foguete australiano de 21 anos venceu sua primeira etapa Grand Tour na Vuelta a Espana no ano passado e ele está ansioso para intensificar a outro nível no Giro d'Italia. Será fascinante ver como ele as desfila o seu estilo de corrida paro Superar o poder e velocidade pura de Kittel, Greipel e Companhia. 

Elia Viviani - Team Sky.

Elia Viviani (Sky Team): O piloto de Verona ainda está sofrendo, depois de perder o título mundial Omnium na pista para Gaviria, mas sempre levanta o jogo para o Giro d'Italia, e ganhou sua primeira etapa de sprint no ano passado em Gênova. Ele novamente irá lutar com Nizzolo para o jersey pontos, mas pode ser convocado para desempenhar um papel vital equipa de apoio a candidato na classificação geral e novo líder da equipe Mikel Landa. 

Sacha Modolo - Lampre.

Sacha Modolo (Lampre): ano Duas vitórias em etapas passado em Jesolo e Lugano perfil de Modolo criado como um velocista e garantiu-lhe ainda mais espaço na equipe Lampre. Seu estilo de corrida agressivo faz seus rivais hesitar, e ele tem novamente Roberto Ferrari para ajudá-lo este ano. Leigh Howard (IAM ciclismo): O australiano tem velocidade natural graças às suas habilidades de pista e pode ganhar sprints longos. O esquadrão IAM também inclui Sprint alternativa Matteo Pelucchi e altamente experiente e rápido Heinrich Haussler. Eles vão criar um trem pra o sprint eficaz.

Kristian Sbaragli - Dimension Data.

Kristian Sbaragli (Dimension Data): O piloto da Toscana tomou uma vitória na Vuelta a Espana depois de uma subida distanciou alguns dos finalizadores maiores e mais rápidos. Ele foi retido um pouco pela Dimension Data para garantir que ele chegasse fresco para o Giro d'Italia. Cuidado com ele, sobre os estágios para Praia a Mare, Foligno, Asolo e Pinerolo, quando há subidas que vão rachar alguns dos sprinters.

Jakub Mareczko - Southeast

Jakub Mareczko (Wilier Triestina-Southeast): Por último, mas não menos importante, é o mais recente velocista da Itália que tem a velocidade e agressividade para assumir o melhor do mundo. Mareczko nasceu na Polônia, mas se mudou para a Itália com a mãe dele como um menino e é um italiano naturalizado. Ele será o ciclista protegido em Wilier Triestina-Southeast com Filippo Pozzato e Manuel Belletti obrigados a sacrificar as suas chances para o seu companheiro de equipe jovem e mais rápido sobre os estágios de sprint. Mareczko foi mal depois de correr na Bélgica na Primavera deste ano e está fazendo sua estréia Giro d'Italia, mas poderia se tornar a nova estrela do ciclismo italiano se ele se alinha uma série de vitórias do sprint.

Análise das 7 etapas planas:

2º e 3º Etapa (Holanda). As etapas são planas do começo ao fim mas na região o risco para o pelotão é o vento cruzado que pode forçar quebras no pelotão e um grupeto se destacar.

Etapa 2.

Etapa 3.

4ª Etapa. Já em solo italiano, a etapa é uma mini Milão Sanremo. Seguindo pela costa norte na Calabria a etapa possui 200km e com certeza será decidida no Sprint.

Etapa 4.

5º Etapa. O percurso já mais acidentado não deve ser problema para todos os sprinters, mas a cerca de 8,6 km da chegada há uma subida, Via del Fortino que possui inclinação de 18% (picos) e o sprinter que desconecta, talvez não terá tempo hábil para buscar os escapados. Essa seria uma etapa com a Cara de Peter Sagan e Nascer Bouhani, ambos ausentes neste Giro.

Etapa 5.

7ª Etapa. Muito parecida com a 5º etapa, este estagio será um dos mais longos deste Giro. Com 211 km e um pouco de sobe e desce, os sprinters e suas equipes terão que superar Valico dela Somma, uma subida dura que estará localizada a cerca de 40 km’s da chegada. Nesta etapa há mais tempo para trazer os sprinter’s.

Etapa 7.

11ª Etapa. Com largada em Modena e chegada na sede da Selle Italia (fabricantes de selim) e com mais de 210 km nas pernas o sprinters terão de se superar. Neste ponto a subida Forcella Mostaccin etará em seu caminho. Que se desconectar nesse ponto precisará se desgastar muito para buscar o pelotão.

Etapa 11.

12ª Etapa. Esta etapa deverá ser a despedida de muitos sprinters. Kittel, Greipel e cia, deverão fazer uma debandada coletiva. Aquels que almeja etapas no Tour deverão se retirar do Giro, pois as próximas etapas até a penúltima serão de altas e médias montanhas. Deverão ficar os sprinters italianos e menos badalados na luta pela camisa vermelha de pontos. A etapa em sim é extremamente plana, sem muitos comentários a fazer.

Etapa 12.

Espero que este post seja bastante util ao longo do Giro. Se gostarem comentem!

Obrigado a todos.

abs.